Sabe aquela sensação de aperto? Pois é, encontro-me com saudade de tudo que eu ainda não fiz......uma vontade de viver, de conhecer, de amar....sei lá....de sair logo dessa etapa de stand by e recomeçar minha vida. Uma coisa decidi! Independente dessa fase de cursinho, de estudos e de dedicação preciso viver, voltar a praticar esportes, ir mais ao cinema, teatro e ver meus amigos...estou precisando muito me sentir viva. Ontem assisti uma reportagem de aniversário de 40 anos do disco Abbey Road. Me bateu uma saudade de não estar lá, dá prá acreditar? Uma vontade de ter experimentado a sensação de ouvir o disco como lançamento, como o que eu senti quando ouvi Cabeça Dinossauro pela primeira vez. Uma catarse, maravilha!!! Pode ser porque sei que recomeça a fase de estudos e eu preciso dessa fase de umbral para atingir meus objetivos.....eu só peço a Deus um pouco de malandragem prá aguentar ....mas no final sei que tudo vai dar certo!
sábado, 25 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Gil Vicente
Acho esse Auto muito bom.....é atemporal.....louco um cara lá nos idos de 1500 e tra-lá-lá escrever sobre a falta de moral que vemos muito claramente nos dias de hoje.
Todo o Mundo" era um rico mercador, e "Ninguém", um homem pobre. Belzebu e Dinato tecem comentários espirituosos, fazem trocadilhos, procurando evidenciar temas ligados à verdade, à cobiça, à vaidade, à virtude e à honra dos homens.
Vejamos:
Entra Todo o Mundo, rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém e diz:
Ninguém: Que andas tu aí buscando?
Todo o Mundo: Mil cousas ando a buscar: delas não posso achar, porém ando porfiando por quão bom é porfiar.
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo e meu tempo todo inteiro sempre é buscar dinheiro e sempre nisto me fundo.
Ninguém: Eu hei nome Ninguém, e busco a consciência.
Belzebu: Esta é boa experiência: Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei, companheiro?
Belzebu: Que Ninguém busca consciência e Todo o Mundo dinheiro.
Ninguém: E agora que buscas lá?
Todo o Mundo: Busco honra muito grande.
Ninguém: E eu virtude, que Deus mande que tope com ela já.
Belzebu: Outra adição nos acude: escreve logo aí, a fundo, que busca honra Todo o Mundo e Ninguém busca virtude.
Ninguém: Buscas outro mor bem qu'esse?
Todo o Mundo: Busco mais quem me louvasse tudo quanto eu fizesse.
Ninguém: E eu quem me repreendesse em cada cousa que errasse.
Belzebu: Escreve mais.
Dinato: Que tens sabido?
Belzebu: Que quer em extremo grado Todo o Mundo ser louvado, e Ninguém ser repreendido.
Ninguém: Buscas mais, amigo meu?
Todo o Mundo: Busco a vida a quem ma dê.
Ninguém: A vida não sei que é, a morte conheço eu.
Belzebu: Escreve lá outra sorte.
Dinato: Que sorte?
Belzebu: Muito garrida: Todo o Mundo busca a vida e Ninguém conhece a morte.
Todo o Mundo: E mais queria o paraíso, sem mo Ninguém estorvar.
Ninguém: E eu ponho-me a pagar quanto devo para isso.
Belzebu: Escreve com muito aviso.
Dinato: Que escreverei?
Belzebu: Escreve que Todo o Mundo quer paraíso e Ninguém paga o que deve.
Todo o Mundo: Folgo muito d'enganar, e mentir nasceu comigo.
Ninguém: Eu sempre verdade digo sem nunca me desviar.
Belzebu: Ora escreve lá, compadre, não sejas tu preguiçoso.
Dinato: Quê?
Belzebu: Que Todo o Mundo é mentiroso, E Ninguém diz a verdade.
Ninguém: Que mais buscas?
Todo o Mundo: Lisonjear.
Ninguém: Eu sou todo desengano.
Belzebu: Escreve, ande lá, mano.
Dinato: Que me mandas assentar?
Belzebu: Põe aí mui declarado, não te fique no tinteiro: Todo o Mundo é lisonjeiro, e Ninguém desenganado.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Mario de Sá Carneiro
Procurando na internet achei algo bem legal!Em pdf uma cópia do livro de Mário de Sá Carneiro, um poeta modernista de Portugal que escreveu a obra "Dispersão" que está no link abaixo. Não vejo a hora de continuar meus estudos; quero ver se acho os autores que admiro muito, como Fernando Pessoa, por exemplo. Essa fase "nerd" da minha vida está muito legal viu?
Humanismo
A poesia palaciana
Começando meus estudos de férias e resolvi compartilhar meus novos conhecimentos...assim mato a vontade de escrever no blog e revejo o que já li. Vou pegar o que achei interessante e postar...(Obs: como ficar de férias é bom! Até o que é chato durante o semestre passa a ser legal!)
Começando meus estudos de férias e resolvi compartilhar meus novos conhecimentos...assim mato a vontade de escrever no blog e revejo o que já li. Vou pegar o que achei interessante e postar...(Obs: como ficar de férias é bom! Até o que é chato durante o semestre passa a ser legal!)
"Comigo me desavim,
Sou posto em todo o perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor, da gente fugia,
Antes que esta assim crescesse;
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo,
Tamanho inimigo de mim?"
Francisco Sá de Miranda
domingo, 5 de julho de 2009
Até os reis são mortais
Simplemente chocante! Vc percebe que está ficando velho quando se pega lembrando de situações como essa....a dancinha do Michael Jackson.
Coisas impressionantes do semestre I
Realmente impressionante!
É bem aquilo que o Raul disse " não diga que a vitória está perdida...
É bem aquilo que o Raul disse " não diga que a vitória está perdida...
De volta às férias
Não adianta nem tentar....penso em escrever quase que diariamente. O difícil é atrelar a vida corrida de vestibulanda com a internet. É uma coisinha aqui escrita no blog, é uma entrada rápida no Orkut, daí o msn já dá aquela piscada sedutora e já era.....por isso me proíbo de alguns sabores durante as aulas...não escrevo em meu blog e tento não entrar quase na internet. Mas confessando.....que saudade do desabafo do "querido diário"...tantas mudanças importantes este semestre...tantas saudades.....tantos menos sonhos e quanta realidade!!!!
Isso me lembra de uma velha amiga poesia:
Isso me lembra de uma velha amiga poesia:
"Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida."
Carlos Drummond de Andrade
Assinar:
Postagens (Atom)